II Colóquio ver e não ver
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Resumos

GRUPO DE TRABALHO: EDUCAÇÃO I

1.      
Nome: Leidiane dos Santos Aguiar Macambira
Profissão: estudante
Instituição: Aluna de graduação UERJ
Email: leidianesamacambira@gmail.com
       
 Título do Trabalho: Rever (transver)...
Autor(es): Leidiane dos Santos Aguiar Macambira
Instituição: Aluna de graduação UERJ
Área: outros
 
Palavra-chave:  educação especial, cegueira, diferenças.
 
Resumo: Este ensaio busca expor o processo de iniciação ao trabalho monográfico “Ver, enxergar, olhar, ensinar... O processo de pesquisar-conversar sobre as experiências de professores de alunos que ‘não veem com os olhos’”. Contando com a escrita de diários de pesquisa como dispositivo metodológico. Pois, interessa-nos trazer a possibilidade de caminharmos por outras escritas, talvez, mais singulares, sem as quais seria impossível seguir-construir o caminho investigativo.
 
2.  
Nome: Cláudia Vieira de Castro Herculano
Profissão: professora
Instituição: Estácio de Sá
Email: cvherculano@uol.com.br
 
Título do Trabalho: Inclusão de alunos com deficiência visual no Ensino Superior - relato de caso
Autor(es): Cláudia Vieira de Castro Herculano
Instituição: Estácio de Sá
Área: Educação
 
Palavra-chave: X
Resumo: Trata-se de uma pesquisa qualitativa. Estudo do caso do processo de inclusão de cinco alunos cegos de dois distintos pólos (São Francisco de Itabapoana e Rio Bonito) no Curso de Licenciatura em Pedagogia - EAD -UNIRIO/CEDERJ. Compreendemos de que é através do conhecimento, e das aproximações promovidas por ele, que as barreiras frente às diferenças são derrubadas, e, sabendo o quanto ainda há por fazer com vistas à plena inclusão dos alunos com deficiência, propomos problematizar a temática inclusão tendo como norte a categoria identidade.  A observação das especificidades de cada aluno, assim como da diversidade de adaptações necessárias para efetiva inclusão será objeto de nossa análise.  Debruçamo-nos sobre um processo em curso intentando compreendê-lo para propor novas estratégias ao Ensino Superior.
 
3.  
Nome: Talita Adão Perini
Profissão: Professora
Instituição: Instituto Benjamin Constant
Email: talitaperini@ig.com.br
 
Título do Trabalho: Estimulação precoce: contribuição para autonomia funcional de crianças com deficiência visual do Instituto Benjamin Constant
Autor(es): Talita Adão Perini, Patrícia Soares de Pinho Gonçalves, Maria Margarete Andrade Figueira, Fausto Maoli Penello e Glauber Lameira de Oliveira.
Instituição: Instituto Benjamin Constant
Área: Educação
 
Palavra-chave: baixa visão, cegueira, estimulação precoce, autonomia funcional.
 
Resumo: INTRODUÇÃO: O desenvolvimento da autonomia funcional da criança portadora de deficiência visual se dá através da interação com o ambiente, por meio da estimulação e interação dos sentidos remanescentes, tais como: o vestibular, tátil-cinestésico, auditivo e proprioceptivo. OBJETIVO: avaliar a autonomia funcional de crianças com deficiência visual. MÉTODOS: Foi desenvolvido um estudo longitudinal com 14 crianças de 4 meses a 3 anos e 11 meses, com deficiência visual,  vinculadas ao programa de Estimulação Precoce do Instituto Benjamin Constant, no RJ. O atendimento era realizado em grupos de 5 componentes cada,  com uma sessão semanal de 1 hora de duração, durante todo o período de 2012, conduzido por  profissionais de Educação Física.  RESULTADOS: O estudo comprovou, quanto à avaliação da autonomia funcional, que houve autonomia para a marcha(85,7%), alimentação(71,4%), linguagem(64,2%) e esfincteriana (50%).CONCLUSÃO: A estimulação precoce pode ser um mecanismo capaz de contribuir para o desenvolvimento da autonomia funcional, através de estímulos sensório motores que promovam aquisição de movimentos autônomos.

4.  
Nome:  Sonia Maria Vieira da Silva, Mariana Gonçalves Ferreira de Castro
Profissão: professora/estudante; professora
Instituição: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Instituto Benjamin Constant
Email: ivins341@yahoo.com.br; marianagfc@yahoo.com.br
 
Título do Trabalho: Relação de Significado/Significante na pessoa com surdocegueira pré-linguística
Autor(es) Sonia Maria Vieira da Silva[1]
Mariana Gonçalves Ferreira de Castro[2]
Instituição: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Instituto Benjamin Constant
Área: Educação        
 
Palavra-chave: surdocegueira pré-linguistica; significado; significante; ensinoaprendizagem; bilinguismo.
 
Resumo: Como uma pessoa com surdocegueira pré-linguística, adulta, sem uma língua estruturada em regras gramaticais aprende? Nosso pressuposto é que é a partir da relação significado/significante - elementos da construção do signo linguístico, o símbolo - é que se dá o aprendizado da pessoa com surdocegueira pré-linguística. E como essa relação acontece com a pessoa com surdocegueira pré-linguística? Para responder estas perguntas iniciamos uma pesquisa de cunho qualitativo, a partir do estudo de caso de uma pessoa surdocega pré-linguistica, com 58 anos de idade, que se encontra matriculada no Programa de Apoio e Atendimento à Pessoa Surdocega, do Instituto Benjamin Constant, e que adquiriu a surdocegueira antes da aquisição de uma linguagem e uma língua estruturada em regras gramaticais.  Por se tratar do processo ensino-aprendizagem de uma pessoa, adulta, com surdocegueira pré-linguistica as questões da comunicação, do pensamento, da linguagem, da língua e das práticas pedagógicas se evidenciam e atravessam o processo educacional, com questões complexas exigindo reflexões, (des)construção, (re)construção de conceitos, principalmente  quando esta pessoa não foi estimulada precocemente, no que diz respeito ao acesso a uma língua.
[1] Graduanda em Licenciatura em Pedagogia, pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
[2] Mestre em Educação, pela Universidade Estácio de Sá.
 
5.  
Nome: Robenilson Nascimento dos Santos
Profissão: professor
Instituição: UNESI
Email: robenilson@gmail.com
 
Título do Trabalho: Experiência educacional inclusiva: o trabalho da Academia Alabama com alunos deficientes visuais
Autor(es): Robenilson Nascimento dos Santos
Instituição: UNESI
Área: Esporte
 
Palavra-chave: Deficiência visual; Educação
 
Resumo: A despeito das inúmeras barreiras que ainda obstaculizam o acesso à  educação de crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência, deve-se considerar as experiências bem sucedidas que se efetivam cotidianamente em diversos espaços educativos. Ao apresentado, neste artigo, o relato da experiência do trabalho desenvolvido por uma Academia de atividade fí­sica localizada na cidade de Salvador-Bahia na inserção em seu corpo discente de pessoas com deficiência visual. A descrição da experiência é norteada a partir de nossa imersão no contexto, enquanto aluno cego da instituição, associada às entrevistas com os professores, os funcionários e alunos da Academia: os deficientes visuais e os videntes. O trabalho realizado há quatro anos, desde o iní­cio, é conduzido exclusivamente através da relação dialógica entre professores e alunos, pois os profissionais não tem formação específica para atuar com esse público. Entretanto, observam-se resultados exitosos no que concerne à  atuação dos professores, o que é confirmado pelos próprios alunos cegos e com baixa visão, frequentadores da academia.
 
6.  
Nome: Maria Rita Campello Rodrigues
Profissão: Professora
Instituição: UFF
Email: mariaritacampello@gmail.com
 
Título do Trabalho: Mosaico no tempo: uma inter-ação entre corpo, cegueira e baixa visão
Autor(es): Maria Rita Campello Rodrigues
Instituição: UFF
Área: Outros
 
Palavra-chave: Baixa visão. Deficiência visual. Corpo. Ludicidade

Resumo: Mosaico no tempo: uma inter-ação entre corpo, cegueira e baixa visão. 2013. 241 f. Tese (Doutorado em Psicologia) “ Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Departamento de Psicologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2013.
A presente tese se propõe a acompanhar e a levantar algumas questões produzidas da articulações  entre corpo, cegueira e baixa visão, considerando que o trabalho corporal pode ser um interessante caminho para produzir outros modos de ver e não ver. Apostamos que essa articulação possa "performar"  uma realidade que aponte para outras possibilidades de reinvenção de si diante da cegueira e da baixa visão, na contramão da concepção hegemônica de deficit, falta e incapacidade atribuída às pessoas nessa condição visual. Trata-se de uma pesquisa de campo realizada com jovens alunos cegos e com baixa visão do Instituto Benjamin Constant e que também resgata a memória encarnada que a pesquisadora traz consigo da prática profissional de 30 anos com crianças com tais condições visuais. O método empregado foi sendo construí­do com base em duas práticas distintas, como um mosaico em composição. São pedaços-cacos-fragmentos extraídos da prática na oficina de expressão e experimentação corporal com jovens criada especialmente para esta pesquisa, e pedaços-cacos-fragmentos obtidos da experiência profissional da pesquisadora com crianças ao longo do tempo. A experiência do passado se atualiza na prática do presente. No dispositivo das oficinas, as atividades envolvem o corpo em conexão com uma variedade de materiais; estimulam a expressão corporal, a criatividade, a percepção do corpo e seus movimentos; e fazem aparecer questões produzidas na "Inter-Ação"  corpo e cegueira e baixa visão, tendo como pano de fundo a ludicidade. A escrita do texto se deu por meio de narrativas, em que destacamos diálogos e questões colhidas do campo. Para dar suporte ao caráter processual da tese, tivemos como aliados, durante seu percurso, alguns teóricos do campo da antropologia das ciências, como Annemarie Mol, Bruno Latour, Vinciane Despret, John Law e Marcia Moraes.
 
7.  
Nome: Soellyn Elene Bataliotti
Profissão: mestranda
Instituição: UFSCar
Email: sol.elene@gmail.com
 
Título do Trabalho: Portal do Professor: Recurso complementar para o ensino do estudante com Baixa Visão
Autor(es): Soellyn Elene Bataliotti; Maria da Piedade Resende da Costa
Instituição: UFSCar
Área: Outros
 
Palavra-chave: Portal do Professor, recurso complementar, Baixa Visão, Sala de Recurso Multifuncional.
 
Resumo: O Portal do Professor é uma proposta do Ministério da Educação, que visa oferecer diversos recursos para colaborar com a prática pedagógica do professor. Dentre os recursos oferecidos são propostas sugestões de aulas para todos os conteúdos curriculares. Diante da oferta de sugestões de aula, este estudo teve como objetivo aplicar e analisar o recurso complementar contido no roteiro de uma das sugestões do conteúdo curricular da Educação Física, em um estudante do Ensino Fundamental com baixa visão, no atendimento da Sala de Recurso Multifuncional, para verificar se há a possibilidade de utilizar os recursos dispostos na sugestão do Portal. Esta pesquisa teve o caráter qualitativo, consubstanciada pelo método exploratório. Para a análise da aplicação foi utilizado análise de conteúdo que auxiliarão na organização e categorização dos resultados, que demonstrou a necessidade de adaptação dos recursos indicados para contemplar a necessidade  do estudante com baixa visão.
 
8.  
Nome: Rogério Sousa Pires
Profissão: Professor universitário
Instituição: Faculdade Salesiano Dom Bosco e UNIMEP
Email: rogersp@hotmail.com
 
Título do Trabalho: Fenomenologia e Educação Especial: desdobramentos para as práticas educativas com o deficiente visual
Autor(es): Rogério Sousa Pires
Instituição: Faculdade Salesiano Dom Bosco e UNIMEP
Área: Educação
Palavra-chave: Fenomenologia. Práticas educativas. Deficiente visual.

Resumo: O objetivo deste estudo é  investigar as práticas educativas e os processos de interação na constituição de alunos deficientes visuais na rede estadual de ensino do município de Piracicaba. Teoricamente, temos a contribuição de autores que permeiam o campo das ciências humanas na interlocução com o pensamento de Merleau-Ponty, que nos ajudarão a pensar numa \"Fenomenologia da Educação Especial" para o deficiente visual na escola pública. Especificamente pretende-se ir a campo para ouvir os sujeitos em processo de interação e constituição perceptiva corpórea. Além disso, descrever e analisar a experiência das pessoas envolvidas na ação educativa. Portanto, configura-se enquanto opção metodológica a escolha da pesquisa na modalidade fenomenológica que segue uma sequencia: descrição, redução e compreensão. Parcialmente, temos como resultado a possibilidade dos docentes da educação básica refletiram sobre a sua práxis, e o seu modo de
 ser e vir-a-ser com as crianças e adolescentes cegos, cujo horizonte é a formação humana e o viver uma vida mais digna nas relações com o mundo-da-vida
 
9.  
Nome: Sheila Venancia da Silva Vieira
Profissão: professora
Instituição: Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch - FAETEC
Email: sheilavenancia@gmail.com
 
Título:Reflexões acerca do fazer docente junto aos alunos com deficiência visual: entendimentos acerca da estrutura e cotidiano escolar
Autor(es): Sheila Venancia da Silva Vieira
Instituição: Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch  - FAETEC
Palavras chave: x

Resumo:
Objetivo:Este artigo possui a intenção de contribuir com as reflexões que envolvem aspectos incipientes às temas relacionadas ao fazer pedagógico cotidiano, à implementação das políticas públicas voltadas a inclusão de alunos com deficiência visual perpassando por questões do atendimento educacional especializado (AEE).
Fundamentação teórica: Foram utilizados conceitos utilizados por autores fundamentais com Vygotsky além dos grandes referenciais contemporâneos tais como Glate Pletsch.
As conclusões apontam para a necessidades não apenas de maior investimento na formação e infra estrutura, mas também para um movimento que se comprometa com uma educação para desenvolvimento na diversidade.

10.  
Nome: Raul Ferrarez Alves
Profissão:  Professor do Ensino Fundamental 1
Instituição: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
Email: raulferrarez@terra.com.br
 
Título do Trabalho: O estudante cego no ensino superior: estudante leitor? Estudante ouvinte?
Autor(es): Raul Ferrarez Alves e Valeria de Oliveira ilva
Instituição: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
Área: educação
 
Palavra-chave: Sistema Braille; Tecnologias Assistiva; Adequação Curricular; Política Pública de Inclusão no Ensino Superior;
 
Resumo: O presente trabalho traz uma discussão a cerca de estudantes cego no ensino superior, sobretudo, no que diz respeito ao atendimento prestado em Universidades Públicas no Rio de Janeiro. A proposta direciona-se à questão da formação de estudantes cegos leitores ou estudantes cegos ouvintes, os quais, depois de adquirirem autonomia quanto ao ato de ler por meio do Sistema Braille, acabam submetidos a poluição sonora; uma vez que todo material didático lhes é fornecido em arquivos digitalizados ou em áudio (MP3). Estamos formando estudantes leitores ou ouvintes? Qual a importância do Braille para a formação do estudante cego brailista? A tecnologia deve substituir o Braille? Se, por um lado os dispositivos legais permitem a livre escolha do tipo de material que melhor atende as especificidades de estudantes cegos, por outro as universidades deixam de cumpri-los. Tendo em vista, nossa condição de pessoas com deficiência visual total, ao respondermos as questões supracitadas, apresentamos não só relatos cotidianos de outros estudantes cegos, mas, também, nossa própria vivência.
 
11.  
Nome: Leila R. L. O. Bizarria
Profissão: Professora
Instituição: Universidade Cândido Mendes
Email: leila.bizarria@outlook.com
 
Título do Trabalho: Do cinismo dos videntes sobre a adaptação de alunos cegos e com baixa visão na rede de ensino da cidade do Rio de Janeiro
Autor(es): Leila R. L. O. Bizarria
Instituição: Universidade Cândido Mendes
Área: Educação      
 
Palavra-chave: Educação especial. Educação inclusiva. Deficiência visual.

Resumo: Este trabalho observa importantes diferenças entre a Educação Inclusiva proposta por governos liberais e aquela proposta pelos educadores. Criticam-se as tentativas de inclusão por decreto, pois sem que as classes comuns interiorizem as práticas e as técnicas da Educação Especial, o alunato forçado à  mera contiguidade será reduzido à  condição de pária, desenvolvendo problemas de aprendizagem que não pareciam existir nas classes especiais. A hipótese foi explorada por meio da observação, na cidade do Rio de Janeiro, de um conjunto escolas e da análise do depoimento de informantes cegos e videntes, incluindo-se os professores Elizabeth Canejo e Lucindo de Albuquerque. Concluiu-se pela necessidade de “ressignificação” de todo o contexto da Educação Inclusiva: diante da impossibilidade de a totalidade dos professores conhecerem a Educação Especial em profundidade, deve-se busca-los nas próprias classes comuns para que lhes sejam dadas oportunidades mínimas e instrumentais de capacitação.

EDUCAÇÃO II

12.
Nome: Jerusa Machado Rocha    
Profissão: Psicóloga
Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Email:  jerusar@ig.com.br       
       
Título do Trabalho:  Vivendo com arte: experimentando o dispositivo grupo com os familiares de uma escola para deficientes visuais
Autor(es): Jerusa Rocha; Verrônica Gurgel; Clara Nascimento; Natália Ferreira
Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Área: Educação
 
Palavra-chave:  dispositivo clínico-grupal; produção de subjetividade; pesquisa-intervenção; análise institucional; deficiência visual

Resumo: Esse trabalho relata uma experiência de pesquisa-intervenção realizada numa instituição para deficientes visuais ao longo de dois anos. Trata-se da construção de um dispositivo clínico grupal com pais e responsáveis pelos alunos matriculados na escola. O objetivo desse texto é pensar os movimentos e estratégias empregadas para a construção do dispositivo frente aos desafios encontrados no campo de pesquisa. Paralelamente a isso discutimos qual a nossa aposta clínica no dispositivo grupo. Utilizamos a cartografia (Passos, Kastrup e Escóssia, 2009) como metodologia de pesquisa que parte do princípio de que intervenção e conhecimento ocorrem simultaneamente. Considerando as contribuições da Análise Institucional, sobretudo a partir das obras de Félix Guattari e René Lourau, pensamos a clínica na sua inseparabilidade entre as dimensões individual e coletiva, como práticas que produzem desvios e escapes das redundâncias da vida íntima, produzindo outros modos de subjetivação. Concluímos por um lado que para a construção do dispositivo grupo se aposta de saída na formação de laços de confiança; mas por outro, que a formação desses laços não ocorre a partir de uma partilha do que acreditamos ser de foro íntimo e privado, interioridade do sujeito sobre si, mas ao contrário, por aquilo que atravessa o grupo, que é de cada um, mas ao mesmo tempo é comum a todos. Concluímos também que certo manejo do grupo e o uso de disparadores podem ser instrumento de importância capital na produção dessas dessubjetivações. Desse modo as discussões podem ser coletivizadas e produzir deslocamentos no indivíduo produzindo efeitos clínicos.
             

13.   
Nome: Carla C. R. Gimenes de Sena , Waldirene Ribeiro do Carmo
Profissão: Professora; Geógrafa
Instituição: UNESP/USP
Email: cacrisusp@gmail.com; walcarmo@usp.br
 
Título do Trabalho: Elaboração de Material Didático Tátil para Compreensão das Mudanças Climáticas
Autor(es): Carla C. R. Gimenes de Sena
Waldirene Ribeiro do Carmo
Instituição: UNESP/USP
Área: Educação
 
Palavra-chave: cartografia tátil, mudanças climáticas, deficiência visual
 
Resumo: Este trabalho apresenta os resultados do projeto “Generación de cartografia táctil y material didáctico para la compreensión del calentamiento global y su relación con desastres naturales” realizado em parceria entre universidades da Argentina, Brasil e Chile além de uma escola especializada do Peru, com o apoio financeiro do Instituto Panamericano de História e Geografia (IPGH) no período de 2009 a 2012. O objetivo principal do projeto foi compreender, a partir do ensino de Geografia a problemática do aquecimento global utilizando o material cartográfico tátil. Foram elaborados e avaliados mapas e esquemas sobre algumas causas e consequências do aquecimento global que podem ser trabalhados em sala de aula. As representações gráficas táteis elaboradas foram avaliadas por estudantes com deficiência visual e estudantes com deficiência auditiva em pelo menos uma escola de cada um dos países participantes.
Além da produção dos recursos didáticos foi oferecido um curso para professores no Centro de Cartografia Tátil em Santiago do Chile.
Os resultados do projeto são significativos, as representações mostraram-se eficientes para o trabalho com a temática para todos os estudantes, com ou sem deficiência visual.
 

14.   
Nome: Bárbara Gomes Flaire Jordáo, Carla Cristina Reinaldo Gimenes de Sena
Profissão: Professora; professora
Instituição: Universidade de São Paulo - USP e Universidade Estadual Paulista -UNESP
Email: barbaraflaire@hotmail.com; cacrisusp@gmail.com
 
Título do Trabalho: Cartografia tátil na escola regular: a experiência do globo terrestre adaptado
Autor(es): Bárbara Gomes Flaire Jordáo,  Carla Cristina Reinaldo Gimenes de Sena
Instituição: Universidade de São Paulo - USP e Universidade Estadual Paulista -UNESP
Área: Educação
 
Palavra-chave: Cartografia Tátil, ensino de Geografia, inclusão, globo terrestre
 
Resumo: Quais seriam as contribuições que a Geografia poderia dar ao paradigma da inclusão? A partir de entrevistas com professores e do contato com alunos do Iatos, como coordenadas geográficas, mas que serve como base para representar diversos fenômenos terrestres, seguindo os princípios da Cartografia Tátil (VASCONCELOS, 2003 ,SENA, 2002 e 2008, LOCH, 2008, CARMO, 2009 e  VENTORINI, 2009.) Como resultados, mais do que a inclusão escolar, houve a inclusão social, pois os alunos interagiam na construção do sistema de linhas imaginárias durante as aulas. Percebemos que a Geografia aliada a Cartografia  Tátil são essenciais para que o estudante com deficência entenda aspectos sociais, ambientais, culturais que o cercam. Entretanto, as discussões não são finitas. Se por um lado a experiência prática foi fundamental na confecção do globo e na metodologia utilizada, por outro, trouxe questionamentos sobre a percepção  dos indivíduos, bem como se é possivel alguma padronização nos materiais táteis.
 
15.   
Nome: Ana Maria M. R. Kaleff
Profissão: professora
Instituição: Universidade Federal Fluminense - Universidade Estadual Paulista/Campus Rio Claro - Professora SEEDUC/RJ
Email: anakaleff@gmail.com
 
 
Título do Trabalho: Vendo com as mãos: desenvolvimento e adaptação de recursos didáticos de matemática para alunos com deficiência visual
Autor(es): Ana Maria M. R. Kaleff, Fernanda Malinosky C. da Rosa, Viviane Lopes Rodrigues
Instituição: Universidade Federal Fluminense - Universidade Estadual Paulista/Campus Rio Claro - Professora SEEDUC/RJ
Área: Outros
 
Palavra-chave: Laboratório de Ensino de Geometria. Materiais concretos adaptados.
 
Resumo: Apresenta-se o projeto Desenvolvimento de Atividades para Ampliação do Acervo Didático do Laboratório de Ensino de Geometria (LEG) da Universidade Federal Fluminense (UFF), localizado no Instituto de Matemática e Estatística, em Niterói/RJ. Esse projeto está¡ vinculado á Pró-Reitoria de Extensão (PROEX/UFF) e possui um núcleo específico denominado Vendo com as Mãos, no qual são desenvolvidos recursos didáticos especiais  confeccionados com materiais de sucata ou de baixo custo, comumente encontrados no comércio, destinados a alunos com deficiência visual. Essa é uma constante da filosofia do LEG, a qual privilegia tais materiais por levar em conta a condição social do professor brasileiro e que, a grande maioria dos alunos com deficiência visual, pertence a classes sociais de baixa renda.
A justificativa para os procedimentos realizados visando à educação inclusiva apoia-se em documentos oficiais, já existentes no Brasil, que além de prever a inserção do deficiente em escolas regulares e a formação de professores aptos a trabalhar com sua inclusão, também recomendam aos sistemas de ensino a adaptação do currículo, a aquisição de recursos humanos capacitados, e recursos materiais e financeiros que viabilizem e dêem sustentação ao processo de construção da inclusão na educação.
Todas as atividades didáticas desenvolvidas no LEG satisfazem os princípios educacionais apresentados nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino da geometria para as séries do ensino básico, bem como as Adaptações Curriculares propostas pela Secretaria de Educação Especial e são estabelecidas segundo o Modelo de van Hiele do desenvolvimento do pensamento geométrico.
As atividades e artefatos didáticos têm sido aplicados em duas instituições localizadas no Rio de Janeiro. Durante os dois primeiros anos do projeto (2009-2010) as aplicações foram realizadas com alunos do ensino básico da escola especializada do Instituto Benjamin Constant. A partir de 2011, as aplicações estão sendo realizadas com alunos deficientes visuais do Ensino Médio de classes regulares do Colégio Pedro II, unidade São Cristóvão.
 
16.  
Nome: Maria de Fátima de Oliveira Freitas Barbosa
Profissão: Professora
Instituição: . M. Profº. Marcos Gil - Pós-graduação do IBC
Email: fatimaioko@ig.com.br
 
Título do Trabalho: A Importância das Práticas Pedagógicas Adaptadas Na Inclusão de Alunos Com Deficiência Visual
Autor: Maria de Fátima de Oliveira Freitas Barbosa
Instituição: . M. Profº. Marcos Gil - Pós-graduação do IBC
Área: Educação
 
Palavra-chave: Inclusão, adaptação, recursos          
 
Resumo: Este trabalho tem por objetivo relatar a experiência pedagógica na inclusão de um aluno com deficiência visual através da adaptação de recursos pedagógicos. Ao assumir a vaga de professora da Sala Multifuncional, sensibilizei-me com a situação deste, que era exclusão ­das aulas por falta de preparo dos professores. A partir desta constatação, propus um trabalho de parceria com estes professores, fornecendo subsí­dios e adaptando recursos pedagógicos acessíveis para suas aulas. Metodologia: Para atingir o objetivo desta pesquisa optou-se pela realização de um estudo descritivo, a partir de elementos da pesquisa qualitativa, segundo Chizzotti. Percebe-se que durante estes 6 meses, através do trabalho conjunto e da adaptação de recursos o aluno sente-se mais seguro ao participar das atividades. Incluir é respeitar o aluno dentro de sua condição humana, criando meios acessí­veis para que ele participe das atividades pedagógicas no ambiente escolar juntamente com os demais alunos.
 
17.   
Nome: Renan Ramos da Silva
Profissão: professor
Instituição: Instituto Benjamin Constant
Email: silvarenanramos@gmail.com
 
Título do Trabalho: Cartografia Tátil: para cego ou vidente?
Autor: Renan Ramos da Silva
Instituição: Instituto Benjamin Constant
Área: educação
 
Palavra-chave: mapas táteis;orientação;deficiência visual,

Resumo: A ausência de um padrão na elaboração de mapas táteis influencia na produção e pesquisas relacionadas ao tema. Este presente trabalho tem como objetivo a elaboração de uma metodologia para construção de mapas táteis de mobilidade, a partir da avaliação do processo realizado  por videntes e cegos. Assim, através desse procedimento cooperar com a autonomia e segurança na orientação/mobilidade de portadores de deficiência visual. Serão avaliadas, além da qualidade e da acurácia do produto cartográfico, o nível de apreensão e cognição do público alvo referente aos mapas realizados pelos dois grupos elaboradores.

18.  
Nome: Philippe Claudet
Profissão: Editor da Revista Terra Haptica e da Editora Les Doigts qui rêvent.
Instituição:   X
Email: philippe.claudet@wanadoo.fr.
 
Título do Trabalho: Tactile illustrated Books for Individuals with Visual Impairments
Autor(es): Philippe Claudet
Instituição:   X
Área: educação

Palavra-chave: Tactile illustrated books

Resumo: Tactile illustrated books (TiB) can offer individuals with visual impairments, from birth to adulthood, information and an avenue to enjoyment not obtainable by other means. This presentation covers the “why” and “how” of designing and producing quality tactile books, as well as a progression in the difficulty of tactile pictures and the skills required to interpret them. The presenter has information to interest several audiences as a result of close cooperation with professionals, parents, librarians and partnerships with universities in the member nations that form the organization, Typhlo & Tactus (24 countries), and his experience as director of a workshop that has produced more than 34,000 tactile illustrated books.
    
19.
Nome: Dannyelle Valente
Profissão: Segunda Editora da Revista Terra Haptica. Trabalha na Editora Les Doigts qui rêvent.
Instituição: X
Email: danvalente@hotmail.com
 
Título do Trabalho: “Capazes de outra maneira”: A criação de livros multissensoriais com a participação de pessoas com deficiência visual.
Autor(es): Dannyelle Valente
Instituição: X
Área: educação

Palavra-chave:

Resumo: A Organização Mundial da Saude estima um total de 235 milhões de pessoas deficientes visuais no mundo. Entre os 39 milhões de pessoas cegas completas, 1,4 milhões são crianças (OMS, 2012) Toda criança, independente de suas possibilidades sensoriais e cognitivas, deve ter o direito de ler e de desfrutar do universo lúdico dos contos e das histórias infantis.
Nesta comunicação, busca-se apresentar aos fundamentos téoricas e metodológicos do programa de pesquisa “Livros ilustrados e design multissensorial” iniciado em 2013 pela editora francesa “Les Doigts Qui Rêvent”  (Dedos que sonham) em parceria com o Instituto de pesquisa ACTE “Arts, Créations, Théories et Esthétiques” (Artes, Criações, Teorias e Estéticas) da Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne. Em um primeiro momento, traremos à luz os aspectos culturais, cognitivos e comunicacionais da produção de imagens táteis e as possibilidades de utilização destas interfaces enquanto mediadoras de um mundo visual e não visual. Em seguida, com base nos dados de pesquisa recentes sobre a produção e a leitura de imagens táteis por pessoas cegas (Valente, 2013; Darras e Valente 2013; Almeida, Carijo & Kastrup, 2010; Vinter & Fernandes, 2010) serão apresentadas novas pistas para a criação de ilustrações táteis e recursos de mediação cultural para este público. Através da aplicação de métodos recentes no campo do design centrado no usuário e do design participativo, trata-se de desenvolver un novo modelo de criação de ilustrações multissensoriais com a participação de pessoas deficientes visuais. No âmbito deste projeto editorial e de pesquisa são previstas atualmente três oficinas de criação em parceria com bibliotecas, escolas e museus na França: Projeto “Ateliers Sensacionais”, Projeto “Multisens” e Projeto “Mille Millards de Mille Sens”. Durante estas oficinas serão desenvolvidos e analisados novos modos de criação de livros e recursos de mediação cultural adaptados ao contexto perceptivo das pessoas cegas e promovendo a troca e a interação entre cegos e videntes. 

ARTES E MUSEUS ACESSÍVEIS

20.  
Nome: Audrey Ramos Quast
Profissão: professora
Instituição: UnB
Email: audreyq@uol.com.br
 
Título do Trabalho: Expressões do Silêncio
Autor(es): Audrey Ramos Quast
Instituição: UnB
Área: Arte
 
Palavra-chave: Deficiência visual. Sentidos. Cores. Arte. Educação. Método Hí­brido
 
Resumo: O trabalho tem como título Expressões do Silêncio: a Alma nos Sentidos. Manifestações Artísticas e Cromáticas para Educação de Pessoas com Deficiência Visual. A pesquisa visou desenvolver um método que promovesse a cognição cromática e a expressão plástica de pessoas com deficiência visual, por meio de diversificados estí­mulos aos sentidos, também mediados pela tecnologia computacional. Para atender a expectativas subjetivas do trabalho e complexidade da temática, optou-se pela Fenomenologia como postura de análise. Participaram como sujeitos da pesquisa, vinte e três pessoas e, embora o trabalho seja destinado a deficientes visuais totais, colaboraram pessoas com visão subnormal e normovisuais, com o intuito de subsidiar experiências do método aplicado a indivíduos com diferentes especificidades e, desse modo, observar idiossincrasias dos sujeitos, socializar impressões das produções, auxiliar nas reflexões acerca do fenômeno estudado, buscar compreender o universo do DV no contexto da pesquisa e em outras interações. Para concorrer nesse desenvolvimento, acessar o indivíduo e promover aquisições de toda ordem, destacou-se a Educação pela via da Arte. O método híbrido desenvolvido de cognição cromática e expressão criativa evidenciou poder contribuir, significativamente e em vários âmbitos, para educação de pessoas com deficiêcia visual, de maneira especial na expansão da percepção, interpretação, inferência e emprego do DV em relação ao ambiente no que concerne ao uso das cores, bem como, na compreensão das contribuições desse uso e manifestações táticas para o desenvolvimento pessoal, social e profissional. Os sujeitos participantes demonstraram aquisição de ní­veis de atuação consciente, autônoma e produtiva quanto às cores e expressividade delas. O silêncio  foi metaforicamente empregado, como pertencente apenas à  faculdade fí­sica de ver e considerou-se que as demais capacidades podem manifestar-se fartamente.
 
21.  
Nome: Viviane Panelli Sarraf
Profissão: Curadora e Diretora de Empresa
Instituição: PUC-SP
Email: vsarraf@gmail.com
 
Título do Trabalho: A Comunicação dos sentidos nos espaaços culturais brasileiros: estratégias de mediações e acessibilidade para as pessoas com suas diferenças
Autor(es): Viviane Panelli Sarraf
Instituição: PUC-SP
Área: outros
 
Palavra-chave: comunicação sensorial; cinco sentidos; espaços culturais; acessibilidade, inclusão cultural
 
Resumo: A tese discute as estratégias de comunicação que utilizam os sentidos como: o tato, a audição, o olfato, a visão, a sinestesia, a cinestesia, a propriocepção e o paladar em espaços culturais brasileiros, considerando sua importancia para a inclusão cultural dos indivíduos, em especial das pessoas com deficiência. Os referenciais teóricos da pesquisa se concentram nas teorias semióticas da cultura, na Teoria da Mí­dia, ecologia da comunicação e psicologia influenciada pela etologia. Como bibliografias complementares foram pesquisadas teorias nas áreas de ação e polí­ticas culturais, da museologia e da área de Inclusão Social. A metodologia de pesquisa uniu a análise bibliográfica e histórica com a pesquisa de campo em fontes primárias. A etapa de campo se concentrou na coleta de dados primários, registros de visitas as exposições, projetos e entrevistas com colaboradores, em museus e espaços culturais brasileiros e estrangeiros que investem nos programas de acessibilidade para pessoas com deficiência e estratégias de comunicação sensorial. Como resultados do estudo foram apontadas reflexões e caminhos para trazer a prática da comunicação sensorial para a área cultural.
 
22.
Nome: Margareth Olegário
Profissão: professora
Instituição: UNIRIO
Email: margaretholegario@gmail.com
 
Título do Trabalho: Percepções dos deficientes visuais sobre os filmes: reflexões iniciais
Autor(es): Margareth Olegário, Adriana Hoffmann
Instituição: UNIRIO
Área: Educação
 
Palavra-chave: cinema, jovens, percepções
 
Resumo: O presente trabalho pretende apresentar uma proposta de pesquisa acerca da percepção dos deficientes visuais, especificamente jovens matriculados no 4º ano do ensino fundamental, referente aos filmes exibidos buscando perceber como são percebidos os filmes assistidos dentro e fora do espaço escolar por esses sujeitos. A referida pesquisa será conduzida pela autora e professora do Instituto Benjamin Constant, também mestranda na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro que propõe-se a pensar acerca da experiência dos jovens com os filmes a partir de sua própria. Como os deficientes visuais relacionam-se com as imagens?  E com os filmes? Em diálogo com o filme "Janela da Alma"  a autora dialoga com sua experiência sobre o que é  ver e sentir com as imagens numa aproximação inicial com o tema.
 
23.  
Nome: Andréa Soares
Profissão: Facilitadora de aprendizagem em Educação Ambiental
Instituição: Serviço de Assistência São José Operário
Email: andreasoares7@hotmail.com
 
Título do Trabalho: Atividade Cultural no Jardim Sensorial Educandário São José Operário junto a crianças e adolescentes deficientes visuais em Campos dos Goytacazes - RJ
Autor(es): Andréa Soares, Erinéa Viana da Silva Tavares, Ana Claúdia Ferreira de Araujo, Solange Nagime Barros
Instituição: Serviço de Assistência São José Operário
Área: Outros
 
Palavra-chave: Atividade Cultural; Jardim Sensorial; Deficiência Visual
 
Resumo: Este trabalho teve como objetivos possibilitar diversão e educação com lazer cultural no jardim sensorial a seus usuários  visando desenvolver a socialização; promover a inclusão de crianças e adolescentes deficientes da visão e normovisuais, de modo a desperta neles a disposição de contracenar, por meio da expressão livre, apropriando-se dos espaços e experimentando novas emoções, com a platéia, de forma criativa. O Festival de Teatro Aberto aproxima os campistas de seus patrimônios históricos, para valorizar um através do outro, em que as manifestações da platéia eram diversas, fosse na praça São Salvador, no jardim da Villa Maria ou no cais da Lapa conforme Curvello (2010). O presente trabalho foi realizado no perí­odo de maio a junho de 2013 no Jardim Sensorial Educandário São José Operário, onde teve como metodologia inicial a realização de ensaios que aconteceram semanalmente, com duração de duas horas. No encerramento da semana do meio ambiente, foi apresentada ao ar livre a dramatização A ÁRVORE RABUGENTA tendo como cenário o jardim sensorial. As crianças e os adolescentes deficientes visuais desenvolveram a interação com o   meio ambiente e noções de tempo. Melhoraram também a expressão corporal e oral, a orientação espacial e a compreensão da importância de se trabalhar em grupo.
 
24.
Nome: Laura Pozzana
Profissão: psicóloga
Instituição: NUCC - UFRJ
Email: laura.pozzana@gmail.com
 
Título do Trabalho: Movimento Sensível e Vital: uma oficina articulando a cegueira com o mundo
Autor(es): Laura Pozzana
Instituição: NUCC - UFRJ
Área: Saúde
 
Palavra-chave: corpo, oficina, cegueira, mobilidade, pesquisa-intervenção.
 
Resumo: Este trabalho investiga como o movimento sensível e a experimentação do corpo no espaço concorrem na ampliação do território existencial das pessoas cegas e com baixa visão, tendo como campo uma oficina de movimento e expressão com um grupo de pessoas cegas e com baixa visão, desde 2007 no Instituto Benjamin Constant, inspirada no Sistema Rio Aberto. Hatwell e Villey destacam o papel da visão na estabilização da postura vertical e no deslocamento motor, justificando ser difícil a orientação e a mobilidade das pessoas cegas. Latour nos serve por apresentar uma abordagem dinâmica do corpo, definido por suas articulações afetivas. Contamos ainda com Merleau-Ponty e a noção de corpo próprio, como abertura para a experiência e Varela na argumentação de um conhecimento corporificado em coemergencia com o mundo. O conceito de mundo-próprio de Uexkull colabora na afirmação de que o mundo de cada um é feito com o que faz sentido e os move. Concluímos que a intervenção da oficina tem efeitos clínicos, na medida em que se mostram capazes de ativar a vitalidade nos corpos e produzir confiança no mundo.
 
25.
Nome: Willy Heyter Rulff
Profissão: psicólogo
Instituição: NUCC/UFRJ
Email: willypsi@gmail.com
 
Título do Trabalho: “Você fez a foto sozinho(a)?” ou “Com quantas bengalas se faz uma máquina digital?”
Autor: Willy Heyter Rulff
Instituição: NUCC/UFRJ
Área: outros
 
Palavra-chave:  Psicologia, Fotografia, Subjetividade, Cognição

Resumo: Neste trabalho apresento o relato de encontros vivenciados durante a Oficina de Interinvenções através da Fotografia realizada com pessoas com deficiência visual no IBC. Através do relato procuro problematizar a produção e circulação de perspectivas reducionistas do tema da deficiência visual e a influência destas na distribuição assimétrica de deficiência e eficiência. A oficina de fotografia teve início no segundo semestre de 2009 e atualmente conta com seis participantes. A proposta/aposta é que ela funcione como uma atividade de intervenção onde a fotografia pretende ser uma pedra de toque/troca com o outro abrindo espaço para “pesquisarcom” ele a questão da deficiência visual em seus múltiplos aspectos e, ao mesmo tempo, oferecer a possibilidade à pessoa com deficiência visual de se apropriar de forma singular do fazer fotográfico. Os pressupostos teóricos utilizados estão afinados com a posição política do grupo “PesquisarCOM”, com destaque para o método da cartografia, e também tem sido de grande relevância para este trabalho a influência da obra de Evgen Bavcar (2001, 2003).
 
26.  
Nome: Laura Antunes Bloch
Profissão: Estudante
In Email: laurabloch@hotmail.com
Istituição: UFRJ
 
Título do Trabalho: : DESLOCAMENTOS NO CAMPO DA VISÃO –
O USO DE VENDAS COMO DISPARADOR DE EXPERIÊNCIAS
NO ENCONTRO ENTRE CEGOS, VIDENTES E OBRAS DE ARTE
Autor(es): Laura Antunes Bloch, Debora Navarro Moura, Nina Rosa Nunes, Juliana Santos, Virginia Kastrup.
Instituição: UFRJ
Área: Cognição
 
Palavra-chave: Experiência Estética, Subjetividade, Alteridade

Resumo: Em um contexto marcado pela sobrecarga de imagens característica da contemporaneidade, vivemos constantemente bombardeados por uma profusão frenética de estímulos visuais (Debord, 1967). Paradoxalmente, a exacerbada estimulação visual nos torna, de certo modo, cegos; enxergamos, mas não vemos (Barbaras, 2005). Na contramão desse processo, o projeto Encontros Multissensoriais aposta na potência do encontro de heterogêneos e na partilha de experiências entre pessoas com diferentes eficiências e deficiências, visando proporcionar a cegos e videntes experiências significativas com a arte e fomentar a troca de sensações, afetos e desejos de criação suscitadas pelas obras percebidas por diferentes sentidos (Kastrup e Vergara, 2012). O presente trabalho visa investigar os efeitos do projeto no público vidente, especialmente quanto ao deslocamento da atitude natural (Depraz, Varela e Vermersch, 2006) produzido pelo uso de vendas, que são disponibilizadas durante os Encontros Multissensoriais. Para tanto, utiliza o método da cartografia tal como desenvolvido por Passos, Kastrup e Escóssia (2009). Concluímos que as ressonâncias produzidas por tais experiências de partilha do sensível (Rancière, 2005) e de deslocamento da atitude natural são capazes de embaralhar identidades, dicotomias e hierarquias, problematizar preconceitos e produzir novas subjetividades, mais abertas à alteridade em si e no outro.

27.
Nome: Maria Helena Tojal e Leila Abrahão
Profissão: Atriz, Professora com Especialização e Corpo e Movimento ; Bailarina com especialização em Psicomotricidade e Ciência, Arte e Cultura na Saúde.
Instituição: Cia Livre Acesso Teatro-Dança Inclusivos
Email:  lcabrahao@gmail.com , htojal@hotmail.com
 
Título do Trabalho: : Cidadania - Inclusão - Cultura- Educação Cia. Livre Acesso - Teatro e Dança  Inclusivo
Autor(es): Maria Helena Tojal e Leila Abrahão
Instituição: Cia Livre Acesso Teatro-Dança Inclusivos
Área: Educação e Arte
 
Palavra-chave: Educação- Inclusão- Arte
 
Resumo: A Cia. Livre Acesso – Teatro e Dança Inclusivos iniciou suas atividades em novembro de 2005. Desta época até hoje dinamizamos oficinas multissensoriais e de teatro e dança com jovens e adultos com e sem deficiências.            
O desenvolvimento cultural e sensível do cidadão é um caminho privilegiado para alcançarmos o objetivo de chegarmos a ser uma sociedade inclusiva, que atenda a diversidade dos seres humanos. A Cia Livre Acesso faz parte da Escola Livre de Artes do Circo Voador – Lapa-RJ.
Temos alunos com diversos tipos de limitação: síndrome de X frágil, outros tipos de autismo, síndrome de Soto, paralisia cerebral, síndrome de Down, cadeirantes e deficientes visuais.
Com estes últimos, tivemos a oportunidade de apresentarmos, como resultado de nossas oficinas, vários espetáculos. Entre eles: “A Roupa nova do Rei” (clássico da literatura infantil), o musical “5 Vezes Noel”, “3 em conflito” (com textos de Luís Fernando Veríssimo), “O Romance da Lua e do Sol” (espetáculo poético infantil), apresentados em espaços culturais do Rio de Janeiro”.

28.  
Nome: Alexandre Diniz
Profissão: Coordenador Pedagogico
Instituição: Centro Cultural Banco do Brasil
Email:   adiniz.c@gmail.com
 
Título do Trabalho: Produção de desejo e apropriação de território: Uma proposta política para a ocupação do público com deficiência visual em museus
Autor(es): Alexandre Diniz
Camila Alves, Caroline Lucena e Luan Castelucci
Instituição: Centro Cultural Banco do Brasil
Área: Educação
 
Palavra-chave: Deficiência visual, museu, política de acessibilidade.
 
Resumo:  A partir do trabalho de inclusão e acessibilidade desenvolvido pelo Programa Educativo do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ) que inaugura-se este trabalho. O Educativo é dividido em grupos dentro dos quais se localiza o Grupo de Pesquisa -GP Acessibilidade.
O objetivo deste trabalho é pensar junto com as instituições que atendem o publico com deficiência visual, a proposição de uma política de freqüência e apropriação dos espaços culturais. Esta investigação nos coloca uma questão: Como a divulgação e as parcerias deste  trabalho são fomentadas para favorecer a esse público o acesso às políticas de inclusão no campo da arte?
Durante os últimos anos as pessoas com deficiência vêm sendo excluídas desses espaços, por não encontrarem neles alternativas que possibilitem relações com as obras de arte e com a própria estrutura do museu.
Essa pesquisa propõe uma reflexão a respeito das  possibilidades de atendimento às pessoas com deficiência visual, e a criação de um campo de acolhimento desse público no CCBB da cidade do Rio de Janeiro.
 
29.  
Nome: Marcia Beatriz dos Santos
Profissão:  Funcionária Pública Municipal
Instituição: Museu de Porto alegre Joaquim Felizardo
Email: marciabamberg@gmail.com
 
Título do Trabalho: Conhecendo Porto Alegre através dos sentidos.
Autor(es): Marcia Beatriz dos Santos
Instituição: Museu de Porto alegre Joaquim Felizardo
Área: Educação
 
Palavra-chave: História; Acessibilidade; Museu

Resumo: Este trabalho relata a experiência de realização da oficina "Conhecendo Porto Alegre através dos sentidos" no Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo (MJF), de alunos com deficiência visual. O objetivo central desta atividade é o de ampliar e qualificar a inclusão de pessoas com deficiência ao público visitante do Museu, propiciando aos participantes a descoberta de conhecimentos relacionados à  história de Porto Alegre. O MUSEU DE PORTO ALEGRE realiza esta oficina visando atender de maneira mais completa aos alunos com deficiência visual, através da metodologia de práticas escolares de mediação cultural na construção da identidade. Destaca-se a importância desta atividade através da avaliação realizada em conjunto com os participantes, a qual demonstra a oportunidade única de vivenciar a aprendizagem sobre a história de Porto Alegre, através dos sentidos.
 
30.  
Nome: Gustavo Ferraz
Profissão: Professor Universitário
Instituição: UFF
Email: gustavoferraz@id.uff.br
 
Título do Trabalho: O que os cegos podem fazer aos museus de arte: a experiência dos Encontros Multissensoriais no MAM-RJ
Autor(es): Gustavo Ferraz
Instituição: UFF
Área: Arte
Palavra-chave: Arte; acessibilidade

Resumo: O presente trabalho é fruto de uma pesquisa de pós-doutorado realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A partir de uma orientação teórica-metodológica que afirma não só o caráter construtivista do conhecer mas também a concepção de que o real é múltiplo e heterogêneo, buscamos acompanhar as experimentações promovidas no contexto do projeto Encontros Multissensoriais, mapeando e discutindo os efeitos gerados nas práticas e formas de atuação no museu a partir da incorporação da diferença trazida por pessoas com capacidades e limitações sensoriais diversas. Vimos como o público habitual se vá confrontado com outras formas de contato com as obras, assim como os diversos profissionais do museu vêem-se também confrontados com novas situações e demandas, o que concorre para a produção de novas formas e dispositivos de atuação. Assim a acessibilidade de pessoas com deficiência visual à  museus de arte torna-se ocasião para que
o público habitual e a própria instituição também amplifiquem sua potência de ação, fazendo com que as fronteiras que configuram os limites entre eficiência e deficiência sejam nuançadas e embaralhadas.

31.
Nome: Laura Mumic Lisboa Silveira
Profissão: Estudante
Instituição: UFRJ
Email: lauramumic@gmail.com
 
Título do Trabalho: O problema da acessibilidade estética para pessoas cegas e com baixa visão: Uma discussão no campo da acessibilidade cultural
Autor(es): Laura Mumic Lisboa Silveira, Paulo Alain Querette
Instituição: UFRJ
Área: Arte
 
Resumo:  A acessibilidade cultural para pessoas com deficiência faz parte hoje da agenda de diversos museus de arte e centros culturais. Muitas vezes se identifica o termo acessibilidade com acessibilidade física, que visa criar condições adequadas e compatíveis ao acesso aos espaços culturais, sobretudo para deficientes físicos e pessoas com dificuldades de locomoção. No entanto, a acessibilidade cultural é mais ampla, incluindo o acesso à informação, como é o caso das placas em Braille, folders e audioguias. O conceito de acessibilidade estética (KASTRUP, 2010) amplia ainda mais a discussão sobre o tema, sublinhando a preocupação em possibilitar a experiência estética no contato com as obras de arte. O presente estudo tem como objetivo discutir o conceito da acessibilidade estética no campo da acessibilidade cultural, tomando como referência projetos para pessoas com deficiência visual em museus e centros culturais. Para isto, realiza uma investigação teórica a respeito do conceito de acessibilidade cultural e de experiência estética. Aponta que acessibilidade estética diz respeito ao acesso à experiência estética para além da experiência de reconhecimento. A experiência estética é marcante, destacando-se de um fluxo cognitivo constante e do automatismo cotidiano (DEWEY, 2010). É uma experiência que produz sensações como estranhamento, perturbação, enigma, surpresa e espanto. O estudo realiza também uma pesquisa de campo, utilizando o método da cartografia (PASSOS, KASTRUP, ESCÓSSIA, 2009), acompanhando pessoas cegas e com baixa visão em museus e centro culturais da cidade do Rio de Janeiro. Com base na revisão teórica e nos relatos contidos nos diários de campo, conclui que muitas vezes o acesso às obras de arte fica limitado a uma experiência de reconhecimento e que a acessibilidade estética ainda é um grande desafio. O estudo aponta a importância do conhecimento dos modos de perceber das pessoas cegas e com baixa visão para o desenvolvimento de dispositivos e práticas de mediação adequadas para o acolhimento e sensibilização estética deste tipo de público.

32.  
Nome: Virginia Kastrup
Profissão: Professor de Ensino Superior
Instituição: UFRJ
Email: virginia.kastrup@gmail.com
 
Título do Trabalho: Em busca de uma acessibilidade estética
Autor(es): Virginia Kastrup
Instituição: UFRJ
Área: arte
 
Palavra-chave: museus acessíveis; arte; acessibilidade estética
 
Resumo: A questão da acessibilidade para pessoas cegas de obras de artes visuais como pintura, desenho, gravura e fotografia constitui nos dias atuais um grande desafio para os centros culturais e museus de arte. Tomando como ponto de partida o conceito de acessibilidade estética, o objetivo deste estudo é discutir as possibilidades e limites dos dispositivos táteis criados para traduzir obras de artes visuais bidimensionais e analisar estratégias de acessibilidade que utilizam recursos multissensoriais. Partindo da distinção entre experiência de recognição e experiência de problematização, a experiência estética surge como aquela que nos faz ir além do objeto material (Nancy, 2009). O artigo busca referências nos estudos de Arnheim, Ericksson, Valente, Souriau e Petitmengin e numa pesquisa de campo realizada em museus e centros culturais da cidade do Rio de Janeiro. Desenvolve uma discussão sobre a comunicaão entre diferentes sentidos, analisando os prob lemas cognitivos e estéticos envolvidos.
 
 
33.  
Nome: Arheta Ferreira de Andrade
Profissão: Professora de teatro e atriz (Doutoranda)
Instituição: UNIRIO
Email: aretha_andrade@yahoo.com.br
 
Título do Trabalho: Teatro, Silêncio e Escuridão
Autor(es): Arheta Ferreira de Andrade
Instituição: UNIRIO
Área: Arte
 
Palavra-chave: Deficiência, Surdocegueira, Estética, Poéticas Cênicas, Diferenças

Resumo:  O trabalho apresentado refere-se a uma pesquisa de doutorado, em andamento, cujo foco é a reflexão sobre subjetividades poéticas de pessoas surdocegas. O objetivo que impulsiona a pesquisa visa revelar possibilidades de criação e desenvolvimento de poéticas cênicas que possam ser executadas e fruídas por pessoas surdocegas. Pretende-se ainda ampliar o entendimento sobre as possibilidades e limites sensoriais dos universos de pessoas videntes e ouvintes alargando e aprofundando suas subjetividades poéticas, fortemente pautadas na cultura audiovisual. Através do entrelace entre os campos da filosofia de base fenomenológica, os estudos da deficiência e da surdocegueira, e assim como das artes cênicas e estudos da performance, busca-se revelar como, dessa relação, poderiam nascer criações cênicas cujas poéticas partilhassem o sensível a partir do privilégio dos sentidos tátil, olfativo e palatar.

34.
Nome: Isabel Portella
Profissão: museóloga
Instituição: Museu da República
Email: isabel.portella@gmail.com
 
Título do Trabalho: RAM - Rede de Acessibilidade em Museus: uma construção coletiva
Autor(es): Isabel Portella
Instituição: Museu da República
Área: Arte
 
Palavra-chave: Acessibilidade, rede, museus

Resumo:  A RAM nasceu a partir do interesse comum de algumas pessoas em proporcionar aos profissionais que gostam, frequentam e trabalham em museus, um espaço de discussão sobre a acessibilidade de pessoas com alguma deficiência (física, mental ou sensorial) em espaços culturais.

CIDADANIA E NOVAS TECNOLOGIAS

35.
Nome: Letí­cia Passos Viegas
Profissão: Estudante
Instituição: Universidade Federal da Paraí­ba
Email: pvleticia@gmail.com
             
Título do Trabalho: Estratégias de Acessibilidade no Programa "Ciência Aberta" na TV UFPB
Autor(es): Letí­cia Passos Viegas
Instituição: Universidade Federal da Paraí­ba
Área: acessibilidade
 
Resumo: O trabalho tem como foco a série de programas da TV UFPB  “Ciência Aberta”.
O projeto Ciência Aberta, aprovado pelo PROEXT 2013, busca realizar o encontro da “Ciência e Tecnologia” com o “Saber Popular”. Estão sendo produzidos dez programas de 15 minutos cada, que integram conteúdos jornalísticos e de teledramaturgia, os quais auxiliam o entendimento do conhecimento. A série de programas será transmitida pela TV UFPB, afiliada da TV Brasil na Paraíba, além de distribuir cópias para as redes escolares municipais e estaduais. Contudo, o projeto tem uma visão maior: a acessibilidade. O Ciência Aberta usa a estratégia de audiodescrição, prevendo a capacitação de toda a equipe de produção do programa, fator que potencializa a cadeia produtiva em conteúdos de TV e divulga para a sociedade e comunidades envolvidas, um recurso de acessibilidade fundamental para as pessoas com deficiência visual.
 
36.
Nome: Douglas Henrique Perez Pino
Profissão: Editor
Instituição: Universidade Federal de São Carlos
Email: sead-impresso@ufscar.br
 
Título do Trabalho: Audiodescrição: entre o conceitual e o linguí­stico
Autor(es): Douglas Henrique Perez Pino; Clarissa Galvão Bengtson; Joice Lee Otsuka
Instituição: Universidade Federal de São Carlos
Área: Educação
 
Palavra-chave: audiodescrição, materiais didáticos, EaD, terminologias

Resumo: Este trabalho tem por objetivo demonstrar o método utilizado na elaboração da audiodescrição (AD) para materiais didáticos (MD) das disciplinas do curso Sistemas de Informação, oferecido na modalidade a distância pela Universidade Federal de São Carlos. Pautada na Teoria Comunicativa da Terminologia, entendemos a produção da AD como um processo colaborativo, envolvendo o especialista da Área em questão e o linguista, sendo o primeiro responsável pelo conceito, e o segundo pela linguagem empregada. Nessa senda, analisaremos cada uma das etapas de escrita da AD, desde a identificação da necessidade desta, passando pela redação colaborativa até sua inserção no MD. Descrever as etapas, identificando suas particularidades por meio da materialização do texto escrito, é uma forma de gerar conhecimento para que outros profissionais possam refletir sobre a prática de audiodescrever.
 
37.
Nome: Daniellen Welsing Nogueira
Profissão: Estudante
Instituição: Universidade Federal do Espí­rito Santo
Email: dandn456@gmail.com
 
Título do Trabalho: Entre Visões: Intervenção em busca da acessibilidade
Autor(es): Daniellen Welsing Nogueira
Instituição: Universidade Federal do Espí­rito Santo
Área: Outros          
    
Palavra-chave: Acessibilidade; Entre Visões
 
Resumo: Em Vitória/ES, as calçadas passam por reformas de forma a se adequarem ao projeto: “Calçada Cidadã”. O projeto visa garantir um transitar seguro dos cidadãos com reformas de pavimentação e sinalização com piso tátil. Porém, muitas delas estão degradas e necessitam de atualização quanto às sinalizações, não garantindo esse transitar e tão pouco um lugar mais acessível para pessoas com deficiência visual. Em 2012, a fim de desvelar as inacessibilidades presentes no meio urbano, realizou-se a intervenção urbana Sem título, que consistiu em uma “manutenção” por meio da aplicação de fotocópias de piso tátil nas calçadas. O trabalho estabeleceu sua função com o público passante para as condições atuais de muitas calçadas, ora buscando apontar para a necessidade de uma manutenção efetiva, por meio de substituição de pisos, ora desvelando pontos equivocados na sinalização e que precisam ser revistos.
 
 
38.
Nome: Carla Cristina Reinaldo Gimenes de Sena
Profissão: Professora
Instituição: UNESP
Email: cacrisusp@gmail.com
 
Título do Trabalho: A contribuição da Cartografia Tátil para o lazer e turismo da pessoa com deficiência visual
Autor: Mariane Ravagio Catelli e Carla Cristina Reinaldo Gimenes de Sena
Instituição: UNESP - Ourinhos
Área: Outros
 
Palavra-chave: turismo acessí­vel, cartografia tátil, mapas táteis, pessoa com deficiência visual.
 
Resumo: Quando se trata do processo de inclusão, as pessoas com deficiência são relacionadas ao ambiente escolar ou ao mercado de trabalho. Logo, as barreiras ainda são existentes e graves quando consideramos o turismo e lazer dessas pessoas. O turismo é um objeto de estudo para a Geografia, além de ser um consumidor e organizador dos espaços. A captação do espaço se dá primordialmente pela visão (85%), pois é o mais abrangente e sintético. Portanto, sentiu-se a necessidade de estudar como uma pessoa com deficiência visual entende o espaço turístico de uma cidade e se a Cartografia Tátil, através de materiais táteis dos principais pontos turísticos das cidades, pode contribuir para uma comunicação mais eficiente, fazendo com que o turista entenda melhor o espaço turístico e assim se sinta mais motivado a viajar e conhecer novos lugares. O estudo de caso se dá nas estâncias turísticas de Barra Bonita e Igaraçu do Tietê – SP, que recebem em torno de 15 mil turistas por mês. Além disso, visa analisar a acessibilidade nas cidades, conhecer a demanda e as necessidades específicas do turista com deficiência, que é caracterizado por muito estudiosos como um `turista ideal´, pois gastam mais e ficam mais tempo em um lugar do que um turista comum.
A pesquisa, assim como os materiais que serão construí­dos, poderão contribuir para acabar com o abismo existente entre o lazer e o turismo e as pessoas com deficiência visual
 
39.
Nome: Thiago José Bezerra Cavalcanti
Profissão: Discente estagiário
Instituição: UFF
Email: tcavalcanti@id.uff.br
 
Título do Trabalho: Entre oralidade, escrita e liminaridade: ritos de passagem tecnológicos e a cegueira
Autor(es): Thiago José Bezerra Cavalcanti
Instituição: UFF
Área: Outros
 
Palavra-chave: liminaridade, cultura, tecnologia

Resumo: Os ritos de passagem nos marcam pessoal e socialmente, são algo que faz parte da vida em sociedade e seu caráter transitório e tênue. Ritos de nossa constante resignificação perante nós  mesmos e os outros, o movimento de um estado, lugar, sentimento, a outros, novos ou não, que nos tornam igualmente outros e cientes disto. Nesse sentido, a liminaridade, o mo(vi)mento que caracteriza o rito de passagem, confere a transição que constitui um não-lugar entre o que era e o que poderão vir a ser. A transição da cultura oral para a escrita é, sem dúvida, grande rito de passagem humano. Numa transição inversa, da cultura escrita de volta é  oral, está um dos ritos de passagem da cegueira. Neste ensaio, a partir de inquietações compartilhadas em campo no IBC, buscamos propor reflexões acerca de uma separação da escrita para quem perde a visão. As velhas e novas tecnologias, contudo, podem servir para uma reconciliação com a escrita, na superação deste potencial aspecto liminar da vida do cego.
 
40.
Nome: Guilhermina Guarabira Ribeiro
Profissão: Educadora em Museu
Instituição: Museu Nacional/UFRJ
Email: guabirabaribeiro@bol.com.br
 
Título do Trabalho: O Mar Brasileiro na Ponta dos Dedos
Autor(es): Guilhermina Guabiraba Ribeiro, Sheila Nicolas Villas Boas
Instituição: Museu Nacional/UFRJ
Área: educação
 
Palavra-chave: acessibilidade tátil, museu, educação, deficiência visual

Resumo: A pesquisa  busca  traçar o perfil da pessoa com deficiência visual (cegueira e baixa visão), mediante aplicação de questionário para investigar  hábitos culturais, registros de desejos e expectativas em relação a espaços acessíveis.   Utiliza-se do “Espaço Ciência Acessí­vel" com a implantação  da  exposição piloto: O Mar Brasileiro na Ponta dos Dedos.  A investigação orienta-se pela hipótese de que a maioria das barreiras encontradas pelas pessoas com deficiência passam despercebidas por significativa parcela da sociedade, utilizando-se da afirmação “nada sobre nós sem nós” , que foi o lema escolhido pela oficina criada para discutir a consideração da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que diz que as pessoas devem ter a oportunidade de participar ativamente das decisões relativas a programas e políticas, inclusive aos que lhes dizem respeito diretamente. Legitimando, dessa forma, a plena participação da pessoa com deficiência em tudo o que lhe representa: leis, projetos, programas, polí­ticas e produtos.
 
 
41.
Nome: Valeria de Oliveira
Profissão: Pedagoga
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Email: prof.valeria_libras-braille@hotmail.com
 
Título do Trabalho: e-Acessibilidade e Formação Docente: Inclusão de Estudantes com Deficiência Visual Total em Cursos Superiores Online e na Cibercultura
Autor(es): Valeria de Oliveira e Edméa Santos
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Área: educação
 
Palavra-chave: e-Acessibilidade. Cibercultura. Multirreferencialidade. Pesquisa-formação. Inclusão no Ensino Superior Online.

Resumo: Buscamos entender as possibilidades de inclusão de estudantes com deficiência visual total em ambientes virtuais de aprendizagem e no ciberespaço. O lócus da pesquisa foi o Curso de Licenciatura em Pedagogia modalidade EAD de uma Universidade Pública no Estado do Rio de Janeiro. A partir das narrativas de uma estudante cega, detectamos ocorrências que nos levaram à  metodologia de acompanhamento didático pedagógico individualizado, online e presencial, capaz de adequar a modalidade de ensino superior online Às necessidades educacionais especiais da graduanda. Optamos pela orientação teórico-metodológica da pesquisa-formação (Macedo, Josso, Santos) a partir da multirreferencialidade (Ardoino). Compreender a pessoa cega, aprender com ela, propor ambientes virtuais de aprendizagem e-acessíveis (Leal Ferreira) com o uso de tecnologias assistivas de apoio online e presencial, levá-la a produções autorais no ciberespaço (Santaella, Santos), foram objetivos da pesquisa que apresenta como resultado produções autorais dos nossos interlocutores cegos, além de trazer uma proposta metodológica de inclusão com e-acessibilidade em curso superior online.
 
42.
Nome: Anderson Spavier Alves
Profissão: Professor
Instituição: Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC/BA)
Email: andersonspavier@yahoo.com.br
 
Título do Trabalho: Compartilhando saberes: uma experiência residencial com pais e crianças com deficiência visual (DV) na região Veneto - Itália.
Autor(es): Anderson Spavier Alves
Instituição: Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC/BA)
Área: educacao
 
Palavra-chave: Inclusão; deficiência Visual; rede genitorial

Resumo: A participação da famí­lia no processo de desenvolvimento da criança e do adolescente com deficiência visual é importante para que eles consigam desenvolver a autonomia necessária para a sua plena participação na sociedade, que ocorre quando há a superação do “luto”  psicológico. Essa fase torna-se mais fácil quando existe um confronto com outras famílias que vivenciam situações similares. Nesse sentido, esse texto se propõe a dar pistas sobre a importância da troca de informações e de experiências vivenciadas entre os genitores, seus filhos com DV e mediadores que trabalham no âmbito da DV durante uma “semana residencial”  organizada anualmente pela Unione Italiana dei Ciechi e degli Ipovedenti (UIC) da região Veneto, na Itália, no sentido de criar uma rede capaz de se autoalimentar e de se autoajudar para que possa dar respostas concretas a esses mesmos  pais e, consequentemente, aos seus filhos com DV.

43.
Nome: Ricardo Campos Ramos
Profissão: Designer
Instituição: Ideia Café
Email: ricardo@ideiacafe.com.br

Título do Trabalho: e-Acessibilidade e Inclusão Digital: a inclusão de pessoas com deficiência visual no universo digital
Autor(es): Ricardo Campos Ramos e Alexandra Cleopatre Tsallis
Instituição: Ideia Café; Univerisidade do Estado do Rio de Janeiro
Área: Novas tecnologias

Palavra-chave: e-Acessibilidade. Cibercultura. Multirreferencialidade. Pesquisa-formação. Inclusão no Ensino Superior Online. W3C - World Wide Web Consortium. DOSVOX

Resumo: Seguindo as diretrizes e a metodologia do W3C - World Wide Web Consortium - principal organização de padronização da World Wide Web, tentamos trabalhar a web para todos viabilizando a comunicação humana e compartilhando o conhecimento. Contudo, é sabido que a inclusão digital para pessoas com deficiência visual ainda é uma questão em aberto. O presente trabalho visa compartilhar o processo de elaboração do site do II Colóquio ver e não ver: deficiência visual, práticas de pesquisa e produção de subjetividade. Primeiramente, buscamos entender o universo da pessoa com deficiência visual, o que significou que essa tarefa não podia se reduzir a mera aplicação das regras estabelecidas para oportuna utilização do site. Foi preciso levar em conta as diferenças colocadas entre as pessoas com baixa visão e as pessoas com cegueira, enquanto para as primeiras consideramos os aspectos de constraste de cor, tamanho da fonte, entre outras; para as segundas tratamos de verificar o modo como os programas leitores de site se comportariam. Porém, vale destacar que durante todo o processo de construção do site convidamos pessoas com baixa visão e cegueira para avaliarem e corrigirem o processo, esse foi um passo de extrema importância para a obtenção de um site efetivamente acessível.

AUDIODESCRIÇÃO, COGNIÇÃO E SUBJETIVIDADE
 
44.
Nome: Marina Carino
Profissão: Estudante
Instituição: UERJ
Email: marina.carino@gmail.com
 
Título do Trabalho: Dispositivo Clínico: o COM-partilhar e a tecitura de redes
Autor: Marina Carino, Bruna Favaro, Rafaelle Melo, Keyth Vianna, Verônica Menezes, Alexandra Tsallis (orientadora)
Instituição: UERJ
Área: Psicologia
 
Palavra-chave: dispositivo clínico, teoria ator rede, pesquisarCOM, deficiência visual, grupo
 
Resumo: O projeto de extensão e pesquisa \'Dispositivo Clínico: tecendo redes\' tem como objetivo implementar e investigar um atendimento terapêutico de grupo com pessoas com deficiência visual usuárias do Instituto Benjamin Constant. Tendo como base teórico-metodológica a Teoria Ator-Rede, como proposta por Latour (2003 e 2008) e Despret (2011), e o Pesquisar COM, desenvolvido por Moraes e Kastrup (2010), apostamos no grupo enquanto dispositivo capaz de ampliar e articular vivências e potencialidades do ver e não-ver. São produzidos diários de campo - registro de afetações, impressões e deslocamentos - que possibilitam refletir sobre a criação de redes - tecidas de forma multifacetada ao falar, ouvir, dividir, rir, chorar e tocar. Assim, ao selecionar trechos de diários de campo, buscamos ilustrar como o COM-partilhar de histórias dos participantes que tiveram impacto nos mesmos, no grupo e na equipe, move o dispositivo e tece uma rede viva capaz de ampliar a compreensão do que é dividido e experienciado, promovendo um caminhar conjunto rumo às múltiplas possibilidades da cegueira.
 
45.
Nome: Karla Rosane do Amaral Demoly
Profissão: Professora 3o Grau
Instituição: UFERSA e UFRGS 
Email: karla.demoly@ufersa.edu.br
 
Título do Trabalho: Atos de Escritas na Convergência de Mídias: A Invenção no Percurso de Professores
Autor(es): Karla Rosane do Amaral Demoly e Cleci Maraschin 
Instituição: UFERSA e UFRGS
Área: Cognição
 
Palavra-chave: atos de escrita; individuação; convergência de mídias; diferenças perceptivas.
 
Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise sobre como professoras em condições perceptivas distintas escrevem quando se envolvem em uma experiência de escrita na convergência de mi­dias. Analisamos interconexões entre o escrever e processos de individuação que emergem na experiência de professoras alfabetizadoras que fazem um hiperdocumento coletivo. O estudo considera as teorias de Maturana e de Varela, no que se referem ao modo de observar e explicar um fenômeno do linguajar. Processos de individuação emergem na ação do escrever e são discutidos à luz das construções de Simondon. Mantemos ainda um diálogo com estudiosos da escrita como Goody, Derrida e  Fraenkel. Acompanhamos as escritas que as professoras - ouvintes e videntes, no encontro com uma professora cega e uma professora surda - realizaram. Atos de escrita permitem observar processos de individuação e uma convergência interativa na qual existem possibilidades de interlocução entre pessoas com diferentes condições perceptivas, pois mudam os modos sensório-motores de acoplamento com a escrita e as coordenações de ações nas escritas das professoras.
 
46.
Nome: Ângela Maria Venturini
Profissão: Psicóloga e Professora Ensino Superior Público
Instituição: ISERJ/IBC
Email: angelamaria.venturini@gmail.com; valeriabalves@gmail.com
 
Título do Trabalho: A Arte de Ver, Não Vendo
Autor(es): Ângela Maria Venturini e Valéria Bomfim Alves
Instituição: ISERJ/IBC
Área: Educação
 
Palavra-chave: Inclusão. Deficiência Visual. Potencialidades.
 
Resumo: O objetivo deste trabalho é pensar possibilidades de inclusão para pessoas com deficiência visual ou baixa visão, através da eliminação/minimização das barreiras à aprendizagem e participação em todos os contextos da vida de um ser humano, como aponta Booth e Ainscow (2012 e 2002) e Santos (2009 e 2006). Serão apresentadas vivências do ISERJ e fundamentação teórica de letramento e alfabetização desenvolvida na Pós-Graduação do IBC, pois durante a maior parte da História da Humanidade, a pessoa com deficiência foi vítima de segregação, pois a ênfase era na sua excepcionalidade, incapacidade e invalidez, como apresenta Mazzotta (2011). Faz-se necessário perceber a complexidade que habita o ser humano, a qual não é a sua fraqueza, mas a sua força, pois é essa diferença interna que leva o ser humano a transpor seus limites e experimentar a fecundidade de processos de transformação, os quais lançam para além dele mesmo. A força da arte lança a pessoa para além de suas atuais possibilidades (VYGOTSKY, 1997).
 
47.
Nome: Olivia Von der Weid
Profissão: Doutoranda em Antropologia
Instituição: Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) da UFRJ
Email: oliviaweid@gmail.com
 
Título do Trabalho: Corpo e cegueira: interfaces entre teoria e prática
Autor(es): Olivia Von der Weid
Instituição: Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) da UFRJ
Área: Cognição
 
Palavra-chave: cegueira, cognição, percepção, corpo
 
Resumo: O trabalho é resultado de um projeto mais amplo, em andamento, cujo objetivo é compreender a percepção de mundo e o imaginário de pessoas cegas. No horizonte do que significa ser cego atravessam definições e práticas médicas, pedagógicas, sociais, institucionais, entre outras. Procura-se atentar aqui para essas teorias que formam e informam práticas profissionais e que servirão de base para pedagogias e modos de atuação. Pretende-se apresentar uma análise sobre os registros de verdade de campos disciplinares envolvidos na definição da cegueira, buscando entender o que é ser cego em termos oftalmológicos, pedagógicos, das ciências cognitivas, da neurociência. Procura-se descrever como essas ciências entendem o processo cognitivo de pessoas cegas e as implicações advindas da deficiência visual para a percepção e compreensão do mundo. A partir disso, compreender as didáticas, os métodos e os mecanismos adaptativos que são desenvolvidos e que enformam a percepção de mundo. Busca-se, então, restituir as experiências de pessoas cegas, procurando se aproximar de como esses corpos apreendem e se apropriam do ambiente e quais representações são feitas a partir deles. Procura-se focar a abordagem da percepção de mundo de pessoas cegas a partir das relações que estabelecem por meio de seus corpos. Para tanto são analisados artigos e livros recentes das áreas das ciências cognitivas, neurociência e oftalmologia, além de textos e manuais de Estimulação Precoce produzidos pelo MEC e material de campo realizado no Instituto Benjamin Constant nos anos de 2012 e 2013.
 
48.  
Nome: Paulo Roberto Montanaro
Profissão: Técnico de Laboratório Audiovisual
Instituição: UFSCar - Universidade Federal de São Carlos
Email: paulo.uab@gmail.com
 
Título do Trabalho: A acessibilidade em ví­deos e animações para EaD
Autor(es): Paulo Roberto Montanaro
Instituição: UFSCar - Universidade Federal de São Carlos
Área: Educação
 
Palavra-chave: Acessibilidade, EaD, Legendas, LIBRAS, Audiovisual

Resumo: Em um contexto atual de diferentes mí­dias e suportes tecnológicos para informação e, principalmente, comunicação, faz-se fundamental o estudo sobre formatos e técnicas que possibilitem que todos os sujeitos possam explorar ao máximo o potencial educacional que as TICs permitem. Assim, este trabalho tem como objetivo principal discutir os métodos de criação colaborativa de conteúdos didático-educativos em vídeo e em animação para formatos acessí­veis para educação a distância desenvolvidos pela Universidade Federal de São Carlos. A partir dos conceitos da Sociedade em Rede, compreende-se que elementos  gravação, edição e a incorporação de audiodescrições em ví­deos e animações, bem como a criação de menus interativos e players de vídeo inacessíveis para leitores de tela, dentre outros recursos acessíveis, são fatores essenciais na busca por um design universal de produções audiovisuais educativas.
 
49.
Nome: Thainá Rosa Oliveira da Cunha
Profissão: Estudante
Instituição: Universidade Federal Fluminense
Email: thainarosa@id.uff.br
 
Título do Trabalho: Será que a sorte virá num realejo? Construi­ndo um dispositivo de pesquisa com reabilitandos do Instituto Benjamin Constant
Autor(es): Thainá Rosa Oliveira da Cunha, Larissa Ribeiro Mignon, Lia Paiva Paula, Thiago José Bezerra Cavalcanti,  Josselem Conti de Souza Oliveira, Camila Araújo Alves, Tayana Valente Moutinho,  Marcia Oliveira Moraes
Instituição: Universidade Federal Fluminense
Área: -
 
Palavra-chave: psicologia, pesquisa, cegueira
 
Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar uma polí­tica de pesquisa no campo da deficiência visual. A pesquisa Perceber sem ver é realizada através de Oficinas de experimentação corporal com pessoas cegas e com baixa visão. Nos inspiramos em autores como Martins e Favret-Saada. Entendemos que a pesquisa deve ser feita de maneira local e situada, com aqueles que passam pela experiência de criação de novas formas de viver sem ver. Nas oficinas colhemos narrativas e registramos em diários de campo, que são discutidos no grupo de pesquisa. No fim do perí­odo letivo, surgiu a ideia da construção de uma oficina de despedida que fosse inspirada num realejo, o que nos permitiu pensar uma nova forma de devolução de resultados que afirmou o nosso caráter metodológico e culminou na aposta de incluir ainda mais os participantes na construção da pesquisa.
 
50.
Nome: Gabriela Alias Rios
Profissão: Mestranda em educação especial
Instituição: UFSCar
Email: bihalias@gmail.com
 
Título do Trabalho: Audiodescrição na educação: contribuições de pesquisas para equiparação de oportunidades na escola
Autor(es): Gabriela Alias Rios / Tássia Lopes de Azevedo
Instituição: UFSCar
Área: Educação
 
Palavra-chave: Audiodescrição. Deficiência visual. Educação.

Resumo: A audiodescrição (AD) consiste em um recurso de tradução intersemiótica, em que o visual é traduzido para o verbal. Trata-se de um recurso de acessibilidade que favorece positivamente o entendimento de pessoas com e sem deficiência, destacando-se principalmente pessoas com deficiência visual. No contexto escolar, a audiodescrição se configura em um recurso de equiparação de oportunidades, pois permite que o estudante com deficiência visual tenha acesso ao universo imagético da sala de aula. Assim, o presente estudo teve como objetivo buscar, identificar e analisar a produção científica acerca da AD, com enfoque na educação. Foi realizado um levantamento de teses e dissertações publicadas até 2013, com os descritores “audiodescrição” e “áudio-descrição”. Dentre os 23 trabalhos produzidos, duas dissertações relacionaram a AD e o ensino. Concluímos que a AD é um importante recurso de acessibilidade, e ainda há a necessidade de se estudar mais a aplicação do recurso no contexto escolar brasileiro.
 
51.
Nome: Jefferson Fernandes Alves
Profissão: Professor
Instituição: Jefferson Fernandes Alves
Email: jfa_alves@msn.com
 
Título do Trabalho: Da Contrapalavra à Contraimagem: a tentativa de compreender a audiodescrição pela perspectiva estética
Autor(es): Jefferson Fernandes Alves
Instituição: Jefferson Fernandes Alves
Área: Arte
 
Palavra-chave: Audiodescrição - Estática - Dialogia à Exotopia do Olhar à Contrapalavra – Contraimagem
 
Resumo: É recorrente a abordagem conceitual da audiodescrição (AD) como a transformação de informações visuais em verbais a serem apropriadas, principalmente, por pessoas com deficiência visual. Tal passagem intersemiótica comporta procedimentos técnicos, os quais são objetos de estudos e de discussão em favor da consolidação da AD no campo da acessibilidade cultural. Tomando como referência as reflexões bakhtinianas sobre relações dialógicas e sobre a exotopia do olhar, procuraremos refletir acerca da AD como desencadeadora de uma contrapalavra que se configura em um percurso não apenas técnico, mas simultaneamente estético, cuja vinculação à obra audiodescrita, ao se orientar por uma relação dialógica de concordância, não estaria isenta de posições axiológicas. Assim, nesse caso,  se problematiza  não apenas o acesso às informações, mas como elas são (re)inseridas em contextos estéticos e artísticos em favor da configuração de contraimagens por parte das pessoas com deficiência visual.
 
52.
Nome: Camila Alves
Profissão: Psicóloga
Instituição: Universidade Federal Fluminense
Email: camilaaraujoalves@yahoo.com.br
 
Título do Trabalho: Afeto local e um território improvisado: Uma proposta para pensar o pesquisarCom em uma oficina de experimentação corporal
Autor(es): Camila Alves
Instituição: Universidade Federal Fluminense
Área: Outros
 
Palavra-chave: Corpo, deficiência visual, pesquisarcom.
 
Resumo: Uma trajetória nos indica uma mudança de lugar. Este trabalho, traçado por um percurso, propõe pensar a partir de uma mudança de lugar. Mas de quem? Escrito a partir de encontros e afetações, este trabalho tem como objetivo pensar o pesquisador e as redes que o constituem. A partir de oficinas de experimentação corporal, realizadas com pessoas cegas e com baixa visão, esta pesquisa visa investigar como o pesquisador entra em campo e como se relaciona com o mesmo. E mais ainda, se propõe intervir em uma maneira tradicional de fazer pesquisa, onde o pesquisador busca uma postura retirada, supostamente neutra, e o pesquisado é conduzido a ocupar um lugar passivo na relação de pesquisa. Segundo Saada (2011), é exigido do pesquisador uma experimentação pessoal dos efeitos de uma dada rede particular que constitui um campo. Dito de outro modo, o campo precisa que o pesquisador entre nele como parceiro e que invista ali os problemas suscitados desde então. Pretendo aqui trazer uma mudança de lugar tanto do pesquisador quanto do pesquisado, de maneira que ambos possam juntos atuar numa co-produção de um conhecimento encarnado a respeito do tema da pesquisa e da deficiência visual.
 
53.
Nome: Claudia Lucia Lessa Paschoal
Profissão: Professora
Instituição: Instituto Benjamin Constant
Email: claudia.paschoal@uol.com.br
 
Título do Trabalho: A Memória Social e os Discursos Vinculados às Práticas Pedagógicas com Alunos com Deficiência Visual
Autor(es): Claudia Lucia Lessa Paschoal
Instituição: Instituto Benjamin Constant
Área: Educação
 
Palavra-chave: Deficiência visual; Memória Social; Imagem; Imaginação; Metáforas
 
Resumo: As práticas pedagógicas com alunos com deficiência visual, cada vez mais, se  assentam sobre uma perspectiva visuocêntrica do conhecimento, tanto na organização dos conteúdos a serem ensinados e dos materiais utilizados, bem como nas estratégias que visam possibilitar a aprendizagem do aluno com deficiência visual, especialmente, aquele com cegueira congênita. É necessário saber como essas práticas discursivas lhes afetam, especialmente na construção de sentidos e no desenvolvimento da imaginação. Considerando-se que a prática pedagógica, em sua dimensão discursiva, revela uma memória social, porque reproduz ideias, concepções, modos de viver de cada grupo, em forma de embates, disputas e condicionamentos referentes aos modelos de adequação a cada contexto social, e que é fator determinante das escolhas feitas pelo professor, questiona-se: Como uma pessoa que nunca enxergou interpreta o que o outro quer dizer sobre o mundo? Como dar forma ao inimaginável? Que memória pode ser constituída a partir do inimaginável? Esse texto apresenta pesquisa de doutorado em andamento, que tem como objetivo analisar a memória social que permeia os textos orais de alunos cegos congênitos, para compreender como esses alunos lidam com textos, onde há predominância de metáforas visuais, especialmente as poesias, e, a partir daí, propor caminhos para a construção de novas perspectivas no agir docente.
 
54.
Nome: Marcos Felipe Loureiro Arnaud
Profissão: Estudante
Instituição: UERJ
Email: felipearnaud87@gmail.com
 
Título do Trabalho: Dispositivo Clínico Tecendo Redes: O Instituto Benjamin Constant como um museu de vidas
Autor(es): Marcos Felipe Loureiro Arnaud; Alexandra Cleopatre Tsallis (orientadora);
André Bento de Jesus; Bruna Favaro da Silva; Davi Chaves; Keyth de Oliveira Vianna;
Marcello Nattan Araujo Camargo; Marina Pires Carino; Rafaelle Cristine Diogo Melo; Renata Duarte de Oliveira; Tassia Pacheco; Vanessa de Oliveira Figueiredo; Verônica Menezes Hemetério Vaz do Nascimento.
Instituição: UERJ
Área: Clínica Ampliada
 
Palavras-Chave: Deficiência visual; Clínica ampliada; pesquisarCOM; 

Resumo: A proposta deste trabalho é apresentar o dispositivo clínico institucional que acontece no ibc como um Museu de Vidas. A partir da reflexão de um dos participantes do grupo que pudemos pensar sobre como o espaço terapêutico de atendimento é um território em que vidas são compartilhadas. Os membros do grupo são colecionadores, suas histórias são suas obras, e ali se tornam cúmplices, se cruzam e intercambiam.
Este projeto de articula as dimensões da pesquisa e extensão e tem como aposta a implantação de um dispositivo clínico em grupo realizado junto a pessoas com cegueira adquirida e baixa visão. São realizados dois grupos semanais com duas equipes compostas por cinco estagiários em cada sessão, de modo que quatro destes atuem diretamente no processo de atendimento, e um construa o diário de campo, que é um material importante para emergir e produzir reflexões sobre cada encontro. Há um rodízio das duas funções entre os alunos para que experimentem todas as frentes de trabalho.
Nesse projeto, buscamos uma clínica não apenas constituída PARA as pessoas que usufruem do serviço, mas COM elas. Os participantes formam vínculos, constituem redes, deslocam e acrescentam sentidos as histórias um do outro. São os membros deste que conduzem, com suas narrativas e colocações, o caminho do atendimento terapêutico. É um trabalhar COM, assim as vivências compartilhadas contribuem com diferentes modos de estar no grupo. O espaço em que são conduzidos os atendimentos também é um ator e produz, com seus múltiplos atravessamentos institucionais, afetações. A frase de Walter Benjamin nos faz pensar sobre esse espaço como um Museu “Também o colecionador se interessa por objetos descontextualizados, juntando-os segundo uma ordem que só para ele vale”. É com a ressonância de afetações que o dispositivo torna-se um território dinâmico e propício a emersão de possibilidades de vivenciar um mundo que comporte horizontalmente videntes e não-videntes.
 
55.
Nome: Marcia Moraes
Profissão: Professora Universitária
Instituição: UFF
Email: mazamoraes@gmail.com
             
Título do Trabalho: Dos desafios de pesquisarCOM outros no campo da deficiência visual

Autor(es): Marcia Moraes
Instituição:
Área: estudos da subjetividade
 
Palavras-Chave:  pesquisa, deficiência visual, subjetividade.
Resumo: A pesquisa inscreve-se no marco dos estudos de ciência, tecnologia e sociedade (CTS) e tem como questão norteadora: de que modos a deficiência visual é performada (enacted) nas práticas de reabilitação de uma instituição especializada? Afirmamos que eficiência e deficiência são performadas de modo local e situado, em certas práticas de reabilitação, que articulam pessoas, bengalas, sistema Braille, computadores, sons e outros tantos atores, humanos e não humanos. As práticas de reabilitação comportam uma dimensão de tateio: um esforço que nelas é empreendido para manter juntos e coesos os mais díspares elementos. Perder a visão exige um processo de recomposição do corpo e de suas conexões. Como faze-lo? Que atores contam para performar eficiência e deficiência visual? Defendemos o caráter situado e local de pesquisar. Pretendemos intervir no campo dos estudos da deficiência para colocar em xeque quaisquer definições de deficiência que sejam dadas para além de suas condições de produção. Uma discussão perpassa a pesquisa: quais são as contribuições dos estudos CTS para o campo dos estudos da deficiência? Quais são as distinções entre os estudos CTS e os estudos da deficiência (Disability Studies)? Quais os desafios de pesquisarCOM outros e não SOBRE outros?

56.
Nome: Alexandra Cleopatre Tsallis
Profissão: Professora Universitária
Instituição: UERJ
Email: atsallis@gmail.com
             
Título do Trabalho: Território de sensibilidades: o processo de sensorialização dos diários de campo

Autor(es): Alexandra Cleopatre Tsallis
Instituição: UERJ
Área: estudos da subjetividade
 
Palavras-Chave:  pesquisa, deficiência visual, subjetividade.

Resumo: O presente trabalho pretende apresentar os desafios da escrita dos diários de campo, ferramenta teórico-metodológica, do projeto de pesquisa intitulado Dispositivo Clínico: tecendo redes. O projeto consiste em uma pesquisa-intervenção que tem como cerne um dispositivo de atendimento terapêutico de grupo com pessoas com deficiência visual. Durante os quatro anos em que esse trabalho tem sido desenvolvido temos seguido pelas pistas do pesquisar COM (Moraes e Kastrup, 2010) pessoas com deficiência visual e não sobre elas. Nesse âmbito uma questão em particular tem ganhado relevo, qual seja: a escrita dos diários de campo. Em poucas palavras, como trabalhar por um texto em que os outros sentidos estejam presentes? Como escrever textos que tenham textura, temperatura, som, cheiro? Nossa aposta tem sido trabalhar a partir do registro de nossas próprias afetações, como preconiza Fravet-Saada (2009), entendo-as como convites para a ampliação de nosso território de sensibilidades.
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